Google+ SOMBRAS DA MEMÓRIA: 08/01/2009 - 09/01/2009

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Doce manhã






Doce, a manhã iluminava o teu rosto,
combinando de forma harmoniosa
as mais belas tonalidades…
Nos teus olhos primaveris,
desfilavam as mais belas paisagens…
lugares de desejo e ternura,
na profundeza rosácea das interdições…
Naquele tempo sem tempo,
a eternidade estava ali,
nos longos beijos onde as línguas
serpenteavam a dança do amor…
Havia no tempo e no espaço o encanto
das descobertas e o fervor das conquistas…
Naquele tempo, as pequeninas coisas,
eram as mais belas odisseias…
Naquele tempo sem tempo,
havia um lugar secreto no universo
onde o Amor acontecia…
Naquele tempo sem tempo,
amar-te era a viagem marcada
sem regresso…
o desejo quente e húmido,
o estontear entrelaçado,
do Amor…
Naquele tempo sem tempo
o Amor era a paisagem
mais bela…
Naquele tempo sem tempo
Um beijo tinha o poder
da criação universal…

Se...













Se pudesse voltar a tocar os teus cabelos côr de vento…
Se pudesse deitar-me sobre o teu corpo aberto e quente….
Se pudesse beijar os teus lábios espessos…
Se pudesse sentir-te minha por um só momento…
Se… Se…
Se tudo tivesse acontecido, nada ficaria do inobtido….
… e tu… não significarias mais nada…
nem lembrança nem desejo,
apenas cansaço…

Na espuma do tempo















Recordo-te na espuma do tempo,
recordo-te no acenar espesso
das palavras sufocadas...
Recordo-te na alegria breve...

Recordo-te no espelho quebrado
das imagens feitas de vapor...
Recordo-te na fragilidade
das promessas de amor...

Recordo-te na hora morta de mim,
na ilusão que se acentua...
Recordo-te na imposição
dos instantes vazios...

Recordo-te na imensa tarde das avenidas,
recordo-te nas noites à beira mar...
Recordo-te nas rochas,
repletas do teu luar...

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