Google+ SOMBRAS DA MEMÓRIA: mulher

Translate/traduza

Pesquisar na web

Mostrar mensagens com a etiqueta mulher. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta mulher. Mostrar todas as mensagens







Sabes...
Podes inventar um sonho,
tracejar uma vida...
Podes desenhar um rosto,
procurar dar-lhe vida...
Podes repetir, pensar
debateres-te até à exaustão...

Sabes...
Podes procurar uma vida
entre as ruínas...
Podes escutar gemidos,
imaginar, por instantes,
paisagens de ternura
com o sabor do desejo...

Sabes...
Podes sangrar,
chorar, amar, sorrir,
criar uma ilusão
com a frescura
verdejante da vida...

Sabes...
Líamos nas gotas de sangue
o nosso nome...
Compunhas nos Lábios
o calor das melodias
que sonhávamos...

Sabes...
"Nascer doí, Viver doí, Amar doí, Morrer doí..."
Sabes que não suporto
a morte que transporto...
Sabes do nosso pacto...
Sabes...

Sabes...
No dia em que te conheci
estremeci de alegria...
No dia em que te perdi
morri...

Sabes...
Os meus passos
não têm som,
a minha presença
não tem sombra...
...

Sabes...
Este adiamento
é breve...
Mesmo que pareça
distante...


Hoje coloquei
as minhas botas junto às tuas,
como se fossemos sair
ou ficar juntos...
Elas conhecem-se,
talvez se tenham abraçado...
Amado...


Sabes...
Hoje olhei-me no espelho,
e não vi os meus olhos,
apenas a sombra dos teus...
Sabes...



AMO-TE TUDO



Carlos Barão de Campos



Mulher paisagem














Docemente, os teus olhos dançavam,

flutuavam no movimento do corpo,


como canoas brancas à deriva...




Quentes, os teus lábios devoravam


a ânsia crua e incandescente dos meus...


A tarde volvia sem apego nem tormenta,


entardecendo a nudez pálida do desejo...



Barão de Campos

O teu lugar...







Lembro-me dos teus longos cabelos negros,
na força do teu olhar quente e doce,
quase a tocar o meu rosto...
Lembro-me da tua beleza,
próxima da minha loucura...
Lembro-me da forma espessa
e vermelha dos teus lábios...
Lembro-me do som melódico
da tua voz...
Lembro-me da tua pele macia,
na alegria do teu sorriso...
Lembro-me de te amar
sem que o soubesses...
Lembro-me dos teus gestos,
mesmo quando não te movias...
Queria sonhar contigo
e acreditar que não tinhas partido...
Queria ter-me despedido,
mesmo que o silêncio
fosse a palavra maior
contida num abraço
que a memória não apagaria...



Barão de Campos


Doce e quente






Lábios de vermelho espesso, húmidos e abertos,
olhar doce e lascivo…
Vértices, movimentos vincados,
gemidos latentes num arfar escaldante…
Seios desnudados e erectos,
mamilos de sabor corrosivo…
Ondular de ancas,
vislumbre de coxas abertas,
numa paisagem de Mulher desejo…

Queria Olhar-te...






Queria olhar-te uma última vez, olhar-te na imensidão da tua autenticidade...

Queria olhar-te e ver a transparência dos teus desejos...

Queria saber-te nas palavras omitidas, nas expressões ocultas,

Queria navegar-te e sentir-te em mim paisagem,

Queria inventar um beijo com memória eterna,

Queria acreditar que a melodia da tua voz pode voltar a surgir no sopro breve do vento...

Queria pensar-te e acontecer-te num lugar onde o tempo e o espaço se abraçam na eternidade...

Queria ser algo mais, algo inesperado...

Queria ser a palavra não pronunciada, o gesto por cumprir...

Ser-me na Insconsciência consciente do Ser...

Uma Luz na Tarde Moribunda...





Sem vida, a tarde fria e negra, acumulava-se nas bermas dum tempo que não reconheço...



Inesperadamente, ondulante nos gestos, sensual e anónima, caminhavas lado a lado com a tarde disforme e lânguida no seu incansável verberar de agonia... A doçura do teu rosto quente e belo, emprestava à tarde mais alguns instantes de Vida...



Breve, a tua presença desfez-se no crescendo de escuridão que absorvia o devaneio da esperança, beleza e imaginário, numa síntese a que poder-se-ia apelidar de Vida...

...Não sei como te definir...






Ardente, o teu corpo contorcia-se de prazer,



na loucura que a linha do teu corpo desenhava...


Soltavas os cabelos e mordias os lábios



num gemido agudo e selvagem...


Acordavas nos movimentos



a côr vermelha do extase...


Dançavas uma dança sem nome



num corpo aberto ao imaginário...

Mulher Paisagem...










Queria deixar de imaginar os teus lábios de boneca pintada, vermelhos e quentes...



Queria que a tua imagem de mulher com meias pretas não me tolhesse a Alma...



Queria ser capaz de entender a vulgaridade da tua Paisagem de Mulher decorada com os enfeites do prazer sem retorno...



Queria saber o teu nome, mesmo que nunca te olhásse...



Queria acreditar na ilusão que provocas no orgasmo que seduzes...



Queria entrar dentro de ti para afugentar a Morte...

NO MEU OLHAR...









Queria olhar-me nos olhos e sentir a doçura quente e terna do teu rosto, mesmo sabendo que o posso ter inventado... Queria sentir a fome dos teus lábios aveludados e húmidos, mesmo que nunca tenham existido...



Queria ser o antes e o depois sem o durante, queria ser capaz de pintar a noite sem ofuscar as estrelas... Queria materializar a imagem de alguém que apenas desejo, dar-lhe forma e vida... Queria ser-me nem que fosse por um instante...

Escrevendo o Amor...









Escrevo o Amor no vestígio dos teus passos,



olho-te no espaço, enquanto a tua ausência ainda o é...



Amanhã não existirão marcas, odores ou sensações



presas entre dois tempos...






Amanhã o ontem será apenas memória,



a memória que fica quando tudo parte...



Amanhã, não serei capaz de decifrar o teu rosto,



ou amadurecer a tua expressão em mim...






Amanhã... Será um nada, pouco menos nada,



que o depois de amanhã...




LinkWithin

Related Posts with Thumbnails