Google+ SOMBRAS DA MEMÓRIA: depressão

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Algures...








Não sei se é tarde em mim ou se a madrugada insiste em romper o véu deste real que me separa e corroi...
Não sei se é tarde ou manhã ou se ainda me resta algum tempo mais...
Não sei a côr dos teus lábios nem se os consigo tingir com o cansaço dos meus...
Não sei se as lágrimas podem ser eternas, nem se a angústia morre nos meus gestos de não acontecer...
Desconheço o sabor das palavras, a forma de suavizar o abismo... Nada resiste ao ondular indistinto do pensamento...
Nenhuma palavra, gesto ou grito sobreviverá...

...Paisagens Nuas...









Anónima e Amorfa, a tarde insiste em adormecer diante dos meus olhos cansados de não adormecer... Vai longe o tempo em que o Tempo e o Espaço se fundiram numa variável sem nome...

Neste lugar de um Tempo que não era o mesmo, aconteceram paisagens por preencher, espaços sem nome, onde o possível e o imaginário eram um só e estavam presentes em simultâneo...

Lembro-me das sensações e das fronteiras quebradas...
...Corre densa a memória esgotada, moribunda de si mesma, dançando na consciência dos seus últimos momentos...

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