Google+ SOMBRAS DA MEMÓRIA: amizade

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Mulher paisagem














Docemente, os teus olhos dançavam,

flutuavam no movimento do corpo,


como canoas brancas à deriva...




Quentes, os teus lábios devoravam


a ânsia crua e incandescente dos meus...


A tarde volvia sem apego nem tormenta,


entardecendo a nudez pálida do desejo...



Barão de Campos

O teu lugar...







Lembro-me dos teus longos cabelos negros,
na força do teu olhar quente e doce,
quase a tocar o meu rosto...
Lembro-me da tua beleza,
próxima da minha loucura...
Lembro-me da forma espessa
e vermelha dos teus lábios...
Lembro-me do som melódico
da tua voz...
Lembro-me da tua pele macia,
na alegria do teu sorriso...
Lembro-me de te amar
sem que o soubesses...
Lembro-me dos teus gestos,
mesmo quando não te movias...
Queria sonhar contigo
e acreditar que não tinhas partido...
Queria ter-me despedido,
mesmo que o silêncio
fosse a palavra maior
contida num abraço
que a memória não apagaria...



Barão de Campos


Dançando na noite














Dançavas na noite uma dança sem movimento,

corrias na direcção da madrugada,

em busca de um lugar teu...

palavra após palavra, descobrias um sentido

para manteres os olhos abertos...

O rubor do teu rosto, transparecia surpresa,

como se todas as manhãs

fossem reconhecidamente virgens e virginais...

Melancólica, a palavra suspensa

caminhava para o seu destino último...

O fogo flutuava em formas múltiplas,

indiferente à paisagem do teu verdadeiro ser...

Noite dentro da noite,

a madrugada rompia o seu derradeiro véu,

pausavas a vida, como quem suspende a respiração...

Absurda, a manhã orvalhava,

enquanto as lágrimas espreitavam,

cintilantes na boca do teu olhar...

Palavras Mágicas...












Nascem e vivem dentro de nós,

escondidas em florestas de silêncio,

permanecendo assim, presas no corpo e na alma...

Palavras que não tivemos a coragem de pronunciar

no tempo e no espaço próprio...

Palavras ditas, palavras silenciadas,

a diferença abismal entre o som e o silêncio...

Palavras cansadas de não acontecerem nunca,

palavras agitando-se num grito inaudível...

Palavras que o tempo calou,

palavras que podiam ter rasgado horizontes,

palavras feridas que se debatem no esboço de um som...

Palavras que um dia talvez tenhas sonhado escutar,

palavras que não ousamos pronunciar...

Palavras... apenas palavras...


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