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Se o Amanhã vier...Tudo será sofrimento...





Gélida e cortante, esta madrugada é feita dos espinhos da morte,
a madrugada timbrada com o selo definitivo e eterno...
Esta Madrugada será a Madrugada que me amputa os sentidos
e me faz escorrer a alma pelo nariz...
Madrugada nascida morta dentro deste coração cansado de tanto morrer...
Madrugada metálica, abrasiva e fatal...

Mãe, doce e querida Mãe, quero as tuas mãos, a tua voz e o teu olhar doce
quero tornar a ver-te à janela com o Pai e as gatas...
Avó bébe, quero que sejas eterna e continues a ver em mim o teu menino,
mas sabes que não vou aguentar, sem ti, acabo por ficar mais e mais só...
Tu sabes os meus pensamentos mais íntimos, os meus medos, receios e desgostos...
Ainda me lembro do sinal que me beijavas desde que nasci...
Viver cada instante contigo é saber que a humanidade ainda tem esperança,
és a personificação mais simples e mais original da bondade por todas as criaturas,
és a honestidade mais pura e a tua simplicidade é maior lição.

Mãe, não me deixes acordar amanhã, não quero ver o dia nascer,
Mãe, encontra um lugar melhor para mim...
Preciso de ti para poder respirar...
Preciso de ti para ser Natal...
Mãe, Amo-te como se tivesse nascido hoje...
Preciso de ti!


Carlos Manuel Barão de Campos

O último post...






Cansado de procurar nas palavras
o elo perdido,
fixou o olhar vítreo no blogue,
releu cada palavra,
perscrutou cada pensamento,
prosseguiu na indiferença...

Do fundo da alma, 
sabia que este seria o seu último post,
como quem adivinha uma partida,
numa despedida, contida gota...
Suspendeu a respiração,
reviveu memórias sem título,
locais irreais, sonhos desfocados...
procurou resistir mais uma palavra,
uma frase, uma lágrima que fosse...

Entardecia, a mente nublava-se,
faltava apenas quebrar a última fronteira,
reconhecer a inutilidade das palavras...
Partir sem destino,
entrar dentro delas
e sentir-lhes o vazio...



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