Google+ SOMBRAS DA MEMÓRIA: Desgosto

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Se o Amanhã vier...Tudo será sofrimento...





Gélida e cortante, esta madrugada é feita dos espinhos da morte,
a madrugada timbrada com o selo definitivo e eterno...
Esta Madrugada será a Madrugada que me amputa os sentidos
e me faz escorrer a alma pelo nariz...
Madrugada nascida morta dentro deste coração cansado de tanto morrer...
Madrugada metálica, abrasiva e fatal...

Mãe, doce e querida Mãe, quero as tuas mãos, a tua voz e o teu olhar doce
quero tornar a ver-te à janela com o Pai e as gatas...
Avó bébe, quero que sejas eterna e continues a ver em mim o teu menino,
mas sabes que não vou aguentar, sem ti, acabo por ficar mais e mais só...
Tu sabes os meus pensamentos mais íntimos, os meus medos, receios e desgostos...
Ainda me lembro do sinal que me beijavas desde que nasci...
Viver cada instante contigo é saber que a humanidade ainda tem esperança,
és a personificação mais simples e mais original da bondade por todas as criaturas,
és a honestidade mais pura e a tua simplicidade é maior lição.

Mãe, não me deixes acordar amanhã, não quero ver o dia nascer,
Mãe, encontra um lugar melhor para mim...
Preciso de ti para poder respirar...
Preciso de ti para ser Natal...
Mãe, Amo-te como se tivesse nascido hoje...
Preciso de ti!


Carlos Manuel Barão de Campos

Esta Noite




Esta Noite


É noite dentro de mim
e ainda sinto
o brilho dos teus olhos...
os teus olhos e a noite....

...

Há um tempo dentro do tempo,
um vazio, uma ausência não definida...
Há um tempo dentro do tempo,
um corredor, uma espera sem objecto...
Há um tempo dentro do tempo,
um lugar onde os espelhos não reflectem...
Há um tempo dentro do tempo,
uma morte ritmada na indiferença...
Há um tempo dentro do tempo,
um assassino de esperanças e sonhos...
Há um tempo dentro do tempo,
que delimita o Ser e o Não Ser...
Há um Tempo dentro do Tempo,
onde o Amor é unívoco
e o mais terrível acto de solidão...
Há um tempo dentro do tempo,
uma luta desigual, um silêncio
indizível e impossível...
Há um tempo dentro do tempo,
que é feito de morte...


Algures, Setembro de 2012

Barão de Campos

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