Hoje, acordei fora de tempo,
olhei-te olhos nos olhos e senti algo estranho,
a tua tonalidade rosada havia desaparecido,
o brilho verde dos teus olhos,
já não continha a promessa de eternidade...
Assustado, ergui-me num golpe de desespero,
olhei-me no espelho e não me reconheci...
Vi a tonalidade grisalha, quase branco absoluto,
chorei em soluço mascarado,
procurei mil razões para sentir esperança,
procurei no calor dos teus lábios
as respostas que não queria ter...
Entardeci, sem que a materialidade dos objectos,
fosse capaz de distrair-me deste sentir lúcido
e absolutamente real...
Senti a consciência afiada,
um sentir profundamente triste...
Apoderou-se de mim a certeza,
abrupta e cruel da morte...
cada vez que leio um poema aqui no blog fico fascinada, adorei
ResponderEliminarSó quem já um dia se sentiu assim, o compreende tão bem!
ResponderEliminarEstou consigo!
Um abraço fraterno e solidário.
Muito bom! Gostei imenso!
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