Google+ SOMBRAS DA MEMÓRIA: 09/01/2009 - 10/01/2009

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Onde estiveres












Entre pensamentos, rostos e lugares,


encontrarás e escutarás vezes sem conta,


silhuetas, vozes, memórias de um tempo


que se cansou da espera nunca esperada...


Inventávamos um tempo sem tempo


entre dois espaços separados por alguma coisa


que se travestia de eternidade...


Vazios os teus olhos olham, distantes,


aqueles pequenos e imensos nadas,


que sabiam a tudo...


Lugares onde as mãos falavam, sussurravam,


por vezes choravam...


Longe, os horizontes parecem clamar


por um novo abraço...


Entre a neblina dos caminhos,


nascem formas perdidas,


ouvem-se canções, melodias, lamentos, múrmurios...


Indiferentes, as noites dobram-se,


as árvores espreguiçam-se e entre uma lágrima


e um sorriso, a lua preenche a invisibilidade dos nossos lábios...


Na magia dos lugares sem nome,


pairam os nossos fantasmas,


entrelaçados numa dança eterna...


Húmidos, os bosques, pululam de vida,


longínquos, os sons das fadas e dos gnomos,


misturam-se com vestígios da presença ausente


dos nossos corpos...


Na memória dos ventos, ondulam as últimas palavras,


espelhos do tempo, molduras com imagens serpenteando,


opacas, nubladas, encarceradas...


Algures, estamos nós...







Barão de Campos







Doce e quente






Lábios de vermelho espesso, húmidos e abertos,
olhar doce e lascivo…
Vértices, movimentos vincados,
gemidos latentes num arfar escaldante…
Seios desnudados e erectos,
mamilos de sabor corrosivo…
Ondular de ancas,
vislumbre de coxas abertas,
numa paisagem de Mulher desejo…

Penumbras afagadas








Dor, prazer em forma de arpão,

movimento que os gestos toleram

na loucura dos gemidos

que as palavras não soletram...

...ruivas, numa tonalidade

que dissimula o negro do olhar...

Soltas as gotas aprisionadas,

penumbras afagadas

em timbres mudos...

Arrancas nos silêncios espaçados,

ritmos lancinantes,

orfãos da razão e do tempo...

Compões melodias sem tom,

em desarmonias folheadas,

cobertas com espuma

cheirando a maresia...

Compulsivamente, prazer e ânsia,

abrigados na tua alma,

mágoa inominada,

lugar pálido e opaco,

singelo vestígio dos teus olhos

esbeltos, indefinidos,

talvez amantes amados...

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