Dançavas na noite uma dança sem movimento,
corrias na direcção da madrugada,
em busca de um lugar teu...
palavra após palavra, descobrias um sentido
para manteres os olhos abertos...
O rubor do teu rosto, transparecia surpresa,
como se todas as manhãs
fossem reconhecidamente virgens e virginais...
Melancólica, a palavra suspensa
caminhava para o seu destino último...
O fogo flutuava em formas múltiplas,
indiferente à paisagem do teu verdadeiro ser...
Noite dentro da noite,
a madrugada rompia o seu derradeiro véu,
pausavas a vida, como quem suspende a respiração...
Absurda, a manhã orvalhava,
enquanto as lágrimas espreitavam,
cintilantes na boca do teu olhar...
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