Google+ SOMBRAS DA MEMÓRIA

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...Não sei como te definir...






Ardente, o teu corpo contorcia-se de prazer,



na loucura que a linha do teu corpo desenhava...


Soltavas os cabelos e mordias os lábios



num gemido agudo e selvagem...


Acordavas nos movimentos



a côr vermelha do extase...


Dançavas uma dança sem nome



num corpo aberto ao imaginário...

Mulher Paisagem...










Queria deixar de imaginar os teus lábios de boneca pintada, vermelhos e quentes...



Queria que a tua imagem de mulher com meias pretas não me tolhesse a Alma...



Queria ser capaz de entender a vulgaridade da tua Paisagem de Mulher decorada com os enfeites do prazer sem retorno...



Queria saber o teu nome, mesmo que nunca te olhásse...



Queria acreditar na ilusão que provocas no orgasmo que seduzes...



Queria entrar dentro de ti para afugentar a Morte...

...Nas tuas lágrimas...









Quando choras, as tuas lágrimas atravessam a minha alma e desaguam nos meus olhos cansados e doridos... Os nossos corações abraçam-se no silêncio ensurdecedor que os consome...



Revejo em ti a criança que um dia teve o direito de sonhar todos os sonhos, recordo as côres do teu sorriso num rosto onde o verde pérola do teu olhar tinha a força de todas as eternidades...



Lembro-me de ti na loucura quente dos momentos em que te esperava e tu acontecias num milagre sempre renovado... A magia dos teus lábios doces no sabor inocente dos meus, a permanência sem tempo no calor que derretia todas as muralhas...



Lembro-me de te Amar assim, sem imaginar que o destino que há nas coisas, premeditava o modo e o tempo do sofrimento...

NO MEU OLHAR...









Queria olhar-me nos olhos e sentir a doçura quente e terna do teu rosto, mesmo sabendo que o posso ter inventado... Queria sentir a fome dos teus lábios aveludados e húmidos, mesmo que nunca tenham existido...



Queria ser o antes e o depois sem o durante, queria ser capaz de pintar a noite sem ofuscar as estrelas... Queria materializar a imagem de alguém que apenas desejo, dar-lhe forma e vida... Queria ser-me nem que fosse por um instante...

Memória...









Sinto que o tempo todo caiu hoje dentro de mim... como se o tempo que passou, tivesse conseguido passar-me ao lado... Por vezes, a mente parece explodir num sofrimento atroz, ao tentar lembrar acontecimentos, lugares e tempos onde "supostamente" vivi...

...Memórias perdidas, lugares infindáveis, crepúsculos e amanheceres... Não sei o que aconteceu... Sinto que algo me impede de recordar... Numa tortura sem nome, vou prosseguindo o meu caminho sem encontrar as minhas pegadas...






Não me Esqueças...









Quando te olhares no espelho da memória, olha com os olhos da alma e repara, repara na imagem daquelas crianças... continuam lá, naquele tempo onde as abandonámos, oiço-as a chorar num lamento sem tempo...

Lembro-me do tempo em que existimos fora do tempo... Lembro-me do nosso olhar sem sombras nem distância...

Naquele tempo, até o nosso sofrimento parecia ter saído de um livro de contos mágicos...
Hoje a ausência é eterna...

Escrevendo o Amor...









Escrevo o Amor no vestígio dos teus passos,



olho-te no espaço, enquanto a tua ausência ainda o é...



Amanhã não existirão marcas, odores ou sensações



presas entre dois tempos...






Amanhã o ontem será apenas memória,



a memória que fica quando tudo parte...



Amanhã, não serei capaz de decifrar o teu rosto,



ou amadurecer a tua expressão em mim...






Amanhã... Será um nada, pouco menos nada,



que o depois de amanhã...




...Paisagens Nuas...









Anónima e Amorfa, a tarde insiste em adormecer diante dos meus olhos cansados de não adormecer... Vai longe o tempo em que o Tempo e o Espaço se fundiram numa variável sem nome...

Neste lugar de um Tempo que não era o mesmo, aconteceram paisagens por preencher, espaços sem nome, onde o possível e o imaginário eram um só e estavam presentes em simultâneo...

Lembro-me das sensações e das fronteiras quebradas...
...Corre densa a memória esgotada, moribunda de si mesma, dançando na consciência dos seus últimos momentos...

Amanhece...








Amanhece no teu olhar
o mel que o torna tão doce...
Amanhece em ti a segunda natureza,
povoando uma Alma sem nome e sem esperança...
Lembras-me palavras soltas na tarde lenta do devaneio
inconsistente e perdido...
Lembras-me Paisagens mudas,
lugares proibidos.
Gestos sem nome...

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