Podia apenas tratar-te por madrugada,
esquecer o teu verdadeiro nome,
deixar partir o sabor dos teus lábios,
perder o teu rosto, lentamente no horizonte...
Podia, apenas lembrar-me do teu anonimato,
dos teus olhos sem ontem nem amanhã,
dos gestos saturados e repetidos...
Podia, nesta crueldade faminta
de devorar as memórias,
inventar-te um nome, uma morada,
talvez uma vida...
Podia, consumir-me na imensidão dos sentidos,
fazer dos meus olhos o teu olhar,
dos meus lábios o teu beijar...
Podia tentar tudo num último momento,
inventar-te um coração e uma alma
para poderes amar...
Podia abraçar-te e acreditar que sentias,
podia gritar o teu nome na direcção da multidão,
podia procurar-te em todos os lugares,
podia lembrar-te numa última visão,
pensar-te apenas e soltar um som,
talvez um nome,
Madrugada...
lindo! adoro esta poesia profunda que toca na alma, tudo de bom
ResponderEliminarLindos poemas!Parabéns
ResponderEliminarEmoção pura!!!!
ResponderEliminarAmando td por aqui, estou me sentindo em casa! De coração...
Parabéns pelo espaço e tão lindas poesias.
Voltarei assim como chuva de verão.
Bjus de novo.