Google+ SOMBRAS DA MEMÓRIA: 2012

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Sabes...
Podes inventar um sonho,
tracejar uma vida...
Podes desenhar um rosto,
procurar dar-lhe vida...
Podes repetir, pensar
debateres-te até à exaustão...

Sabes...
Podes procurar uma vida
entre as ruínas...
Podes escutar gemidos,
imaginar, por instantes,
paisagens de ternura
com o sabor do desejo...

Sabes...
Podes sangrar,
chorar, amar, sorrir,
criar uma ilusão
com a frescura
verdejante da vida...

Sabes...
Líamos nas gotas de sangue
o nosso nome...
Compunhas nos Lábios
o calor das melodias
que sonhávamos...

Sabes...
"Nascer doí, Viver doí, Amar doí, Morrer doí..."
Sabes que não suporto
a morte que transporto...
Sabes do nosso pacto...
Sabes...

Sabes...
No dia em que te conheci
estremeci de alegria...
No dia em que te perdi
morri...

Sabes...
Os meus passos
não têm som,
a minha presença
não tem sombra...
...

Sabes...
Este adiamento
é breve...
Mesmo que pareça
distante...


Hoje coloquei
as minhas botas junto às tuas,
como se fossemos sair
ou ficar juntos...
Elas conhecem-se,
talvez se tenham abraçado...
Amado...


Sabes...
Hoje olhei-me no espelho,
e não vi os meus olhos,
apenas a sombra dos teus...
Sabes...



AMO-TE TUDO



Carlos Barão de Campos



Quando Sorris...Renasces...








Celebro na imensidão eterna dos teus lábios
a beleza do teu sorriso quente
 Fixo os meus olhos castanhos nos teus olhos verdes
e comunicamos numa linguagem mágica...

Entre sorrisos e gemidos 
de uma doçura sem contornos,
os nossos corpos
fundem-se numa dimensão impossível...

Abraçados, deixamos rolar as lágrimas
e, quase em uníssono, soltamos a frase:
SE O TEMPO PARASSE AGORA
SERÍAMOS FELIZES PARA SEMPRE...




Carlos Barão de Campos

Sombras dançando...









Ruidoso, o silêncio é fragua onde as sombras dançam e os lobos uivam...
Esta é a Madrugada, onde os lábios são memórias vermelhas, que se esmagam na impossibilidade...
Sangram na noite um olhar verde que brilha sem vida...
Não sei se ainda escutáste o apelo, o grito, o calor
derradeiro dos nossos lábios ou se partiste só na inconsciência...
O nosso AMOR é um pacto SECRETO que perdura
na eternidade, tornando a morte desprezível...
Regressas em cada Amanhecer e enlaças-me no teu corpo,
os teus lábios são doces e ternos, macios e húmidos...
Incorpóreos, os teus passos têm a cadência do teu movimento...
O toque dos teus lábios, permanece nos meus...
Há um momento em que ambos somos Sombras
feitas da nossa Eternidade...
Esta Madrugada, continuamos abraçados...
a nossa Estrela já está visível nesta época do
ano...
E tu sorris quando te recordo o toque que é só nosso...
Sabes que te AMAREI, mesmo que sejas uma Memória em forma de Sombra...
A Sombra mais bela...



Carlos Barão de Campos

Além do limite...Na vertigem da dor...









Vazio, espaço que a mente não consegue preencher,
inexistência profunda e lenta,
angústia sem tom, lugar sem matéria nem alma,
mas apenas memória...
Insisto na memória de um gesto, expressão, um som,
por instantes, acredito na materialização,
como se o desespero abrisse uma dimensão desconhecida...
Aconchego-me na tua almofada e escuto o teu respirar,
por instantes, sinto o teu calor, a beleza de um beijo
naquele espaço de transição entre a vigília e o adormecer...
Dobro-me sobre o teu corpo e ficamos assim,
como se o nosso Amor fosse um SER eterno e secreto...
As minhas mãos procuram as tuas sem cessar,
continuo a esperar por ti, mesmo que não possas regressar,
sei que também choras além do limite,
que procuras as minhas mãos e anseias os meus lábios...
Querem convencer-nos que não vale a pena tentar,
na inexistência não existem sonhos...
Talvez a loucura resida em saber que somos filhos da
inexistência...
Enquanto espero por ti, reconstruo a tua presença,
como se o teu sorriso ainda fosse um lugar de esperança...
Vou Amar-nos, caso não o consigas fazer...
Enquanto os mêses esmagam os nossos dias,
continuo a adormecer no teu peito,
da mesma forma, terna e eternamente até que o teu coração acorde...




Carlos Barão de Campos





No limite das lágrimas


Lembro-me quando ficavas embrulhada em mim
e dizias que te sentias pequenina...
por vezes, dizias que gostavas de habitar-me,
de forma a ficarmos juntos para sempre...

Abraçavas-me e beijavas-me
como se fosse o nosso ultimo momento...
Fixavas os teus olhos nos meus,
deixavas rolar algumas lágrimas,
sorrias e amavas
da mesma forma que vivias...

Conseguias tornar a vida sempre mais bela,
inventavas penas coloridas nos pardais do telhado,
sabias as horas pela sombra
desenhada na colcha...

Inventavas mil primaveras,
insistias nas despedidas,
mas nunca te despedias...

Acreditavas no amanhã
como uma criança
alimenta um sonho...

Ensinaste-me a Amar,
aprendendo a ler nos meus olhos
todo o meu Ser...



Carlos Barão de Campos


AMOR INFINITO







Arrasto-me pelos dias nocturnos numa cadência
alternada na inconsciência do para sempre
 ou na presença duma dor terrífica que destrói
mas não sangra...
Tudo em mim é morte,
como se fosse impossível não resistires
às minhas lágrimas e ao nosso  pranto...
AMO-TE NÃO ME DEIXES...
foram as minhas últimas palavras,
um grito que emudeceu o ventre da terra...
Quando ainda acreditei
tentei insuflar-te vida
na certeza da luta desigual...
Não me conseguiste olhar,
respirar e ficar mais um instante...
DULCINEIA
AMO-TE TUDO!
ESTÁS DENTRO DO MEU SER...
Desde aquela noite,
as minhas mãos secaram,
também elas partiram
rumo à inexistência eterna e cruel...


Carlos Barão de Campos
                

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