Vazio, espaço que a mente não consegue preencher,
inexistência profunda e lenta,
angústia sem tom, lugar sem matéria nem alma,
mas apenas memória...
Insisto na memória de um gesto, expressão, um som,
por instantes, acredito na materialização,
como se o desespero abrisse uma dimensão desconhecida...
Aconchego-me na tua almofada e escuto o teu respirar,
por instantes, sinto o teu calor, a beleza de um beijo
naquele espaço de transição entre a vigília e o adormecer...
Dobro-me sobre o teu corpo e ficamos assim,
como se o nosso Amor fosse um SER eterno e secreto...
As minhas mãos procuram as tuas sem cessar,
continuo a esperar por ti, mesmo que não possas regressar,
sei que também choras além do limite,
que procuras as minhas mãos e anseias os meus lábios...
Querem convencer-nos que não vale a pena tentar,
na inexistência não existem sonhos...
Talvez a loucura resida em saber que somos filhos da
inexistência...
Enquanto espero por ti, reconstruo a tua presença,
como se o teu sorriso ainda fosse um lugar de esperança...
Vou Amar-nos, caso não o consigas fazer...
Enquanto os mêses esmagam os nossos dias,
continuo a adormecer no teu peito,
da mesma forma, terna e eternamente até que o teu coração acorde...
Carlos Barão de Campos
As memórias boas podem trazer-nos um sorriso e até alegrar porque as temos...
ResponderEliminarLisa
Olá Carlos Barão de Campos...leio este fantástico poema "além do limite...na vertigem da dor" a mergulhar-me na inexistência do ser, nesse espaço abismo onde a alma levita e vela pela nossa dimensão cósmica...amei ler e sentir as tuas palavras...boa noite amigo...abraço fraterno do jrg
ResponderEliminarGostei do trabalho poético... Parabéns!
ResponderEliminarParabém!
ResponderEliminarPorque morrer é renascer!
ResponderEliminarMaravilhoso!
ResponderEliminarAmor sublime... Eternamente sublime!
Beijos poéticos na alma!
Carlos, conheço te há 17 anos.....
ResponderEliminarSo agora li o teu blogue.....estou surpreendida..... Tu???????