Não sei o que procuras quando me encontras,
nem o que sentes quando me tocas...
Não sei interpretar as palavras
que regurgitas com esforço...
Não sei se os teus olhos
conseguem ver ou ser vistos...
Não sei se os teus lábios
fervem de amor ou de ódio...
Não sei se o teu corpo
é abrigo ou clandestinidade...
Não sei se és mágoa,
dor ou apenas simulação...
Não sei se as palavras
que não pronuncias
são as únicas que dizes...
Não sei se os teus gestos
afagam mágoas
ou esmagam sonhos...
Não sei se as tuas mãos
se entrelaçam nas minhas
ou se ensaiam estrangular-me...
Não sei, se és noite,
madrugada ou manhã,
ou se és apenas a tarde
de mim já morta...
Não sei se és desejo,
prazer, amor, paixão
ou apenas volúpia...
São as incertezas que gestamos e que nunca damos à luz. Fel de todas as dores!
ResponderEliminarNão sabe? Claro que sabe. É tudo o que esse poema diz e muito mais. E ele diz tudo num ritmo que nos absorve e encanta.
ResponderEliminarAs palavras dançam dentro da poesia ,logo os desencantos da incerteza deixam muito sofrimento.
ResponderEliminarAbraços