Google+ SOMBRAS DA MEMÓRIA

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Dançando na noite














Dançavas na noite uma dança sem movimento,

corrias na direcção da madrugada,

em busca de um lugar teu...

palavra após palavra, descobrias um sentido

para manteres os olhos abertos...

O rubor do teu rosto, transparecia surpresa,

como se todas as manhãs

fossem reconhecidamente virgens e virginais...

Melancólica, a palavra suspensa

caminhava para o seu destino último...

O fogo flutuava em formas múltiplas,

indiferente à paisagem do teu verdadeiro ser...

Noite dentro da noite,

a madrugada rompia o seu derradeiro véu,

pausavas a vida, como quem suspende a respiração...

Absurda, a manhã orvalhava,

enquanto as lágrimas espreitavam,

cintilantes na boca do teu olhar...

Onde estiveres












Entre pensamentos, rostos e lugares,


encontrarás e escutarás vezes sem conta,


silhuetas, vozes, memórias de um tempo


que se cansou da espera nunca esperada...


Inventávamos um tempo sem tempo


entre dois espaços separados por alguma coisa


que se travestia de eternidade...


Vazios os teus olhos olham, distantes,


aqueles pequenos e imensos nadas,


que sabiam a tudo...


Lugares onde as mãos falavam, sussurravam,


por vezes choravam...


Longe, os horizontes parecem clamar


por um novo abraço...


Entre a neblina dos caminhos,


nascem formas perdidas,


ouvem-se canções, melodias, lamentos, múrmurios...


Indiferentes, as noites dobram-se,


as árvores espreguiçam-se e entre uma lágrima


e um sorriso, a lua preenche a invisibilidade dos nossos lábios...


Na magia dos lugares sem nome,


pairam os nossos fantasmas,


entrelaçados numa dança eterna...


Húmidos, os bosques, pululam de vida,


longínquos, os sons das fadas e dos gnomos,


misturam-se com vestígios da presença ausente


dos nossos corpos...


Na memória dos ventos, ondulam as últimas palavras,


espelhos do tempo, molduras com imagens serpenteando,


opacas, nubladas, encarceradas...


Algures, estamos nós...







Barão de Campos







Doce e quente






Lábios de vermelho espesso, húmidos e abertos,
olhar doce e lascivo…
Vértices, movimentos vincados,
gemidos latentes num arfar escaldante…
Seios desnudados e erectos,
mamilos de sabor corrosivo…
Ondular de ancas,
vislumbre de coxas abertas,
numa paisagem de Mulher desejo…

Penumbras afagadas








Dor, prazer em forma de arpão,

movimento que os gestos toleram

na loucura dos gemidos

que as palavras não soletram...

...ruivas, numa tonalidade

que dissimula o negro do olhar...

Soltas as gotas aprisionadas,

penumbras afagadas

em timbres mudos...

Arrancas nos silêncios espaçados,

ritmos lancinantes,

orfãos da razão e do tempo...

Compões melodias sem tom,

em desarmonias folheadas,

cobertas com espuma

cheirando a maresia...

Compulsivamente, prazer e ânsia,

abrigados na tua alma,

mágoa inominada,

lugar pálido e opaco,

singelo vestígio dos teus olhos

esbeltos, indefinidos,

talvez amantes amados...

Doce manhã






Doce, a manhã iluminava o teu rosto,
combinando de forma harmoniosa
as mais belas tonalidades…
Nos teus olhos primaveris,
desfilavam as mais belas paisagens…
lugares de desejo e ternura,
na profundeza rosácea das interdições…
Naquele tempo sem tempo,
a eternidade estava ali,
nos longos beijos onde as línguas
serpenteavam a dança do amor…
Havia no tempo e no espaço o encanto
das descobertas e o fervor das conquistas…
Naquele tempo, as pequeninas coisas,
eram as mais belas odisseias…
Naquele tempo sem tempo,
havia um lugar secreto no universo
onde o Amor acontecia…
Naquele tempo sem tempo,
amar-te era a viagem marcada
sem regresso…
o desejo quente e húmido,
o estontear entrelaçado,
do Amor…
Naquele tempo sem tempo
o Amor era a paisagem
mais bela…
Naquele tempo sem tempo
Um beijo tinha o poder
da criação universal…

Se...













Se pudesse voltar a tocar os teus cabelos côr de vento…
Se pudesse deitar-me sobre o teu corpo aberto e quente….
Se pudesse beijar os teus lábios espessos…
Se pudesse sentir-te minha por um só momento…
Se… Se…
Se tudo tivesse acontecido, nada ficaria do inobtido….
… e tu… não significarias mais nada…
nem lembrança nem desejo,
apenas cansaço…

Na espuma do tempo















Recordo-te na espuma do tempo,
recordo-te no acenar espesso
das palavras sufocadas...
Recordo-te na alegria breve...

Recordo-te no espelho quebrado
das imagens feitas de vapor...
Recordo-te na fragilidade
das promessas de amor...

Recordo-te na hora morta de mim,
na ilusão que se acentua...
Recordo-te na imposição
dos instantes vazios...

Recordo-te na imensa tarde das avenidas,
recordo-te nas noites à beira mar...
Recordo-te nas rochas,
repletas do teu luar...

Alma de gelo










Mãos gretadas pelo frio,
expostas à luz incandescente
da memória aberta no peito
já gasto da vida...

Olhar firme de ferro,
comoção da inocência ultrajada...
Rasgos de sol à deriva,
gente morta de tanto morrer...

Cânticos desfeitos na areia húmida,
escassa e breve a melodia...
Vozes ondas clamando mar,
soluçando no seu navegar...

Granízo da alma em tapetes de lama,
artérias de fogo no vulcão do tempo,
cinzas de lágrimas e de lamento
na chama da vida e do vento...

Amanhecer...














Amanhecer sem tempo,
lugar de chuva
e de ontem...
Memória perdida e louca
na fronteira rasgada...

Distância no coração,
lâmina cravada no pensamento...
Uma constante oração,
orada em sofrimento...

Deixem a morte
submersa no bosque,
não a obriguem
a mostrar-se


Adeus poesia...


















Sei que partiste p'ra longe
sem me avisar...
Deixáste a indiferença
em teu lugar...
Ficou a sombra de ti,
gravada nas paredes da alma...
Ficou a mágoa
desta dor habituada...
Ficou mais longe a distância,
perdida na manhã sem vida...
Sei que partiste p'ra longe
sem me avisar...
Ficou a esperança
a amanhecer o teu voltar...

Nada...












Nada...
Apenas o silêncio branco das palavras
impronunciáveis...
Nada...
Apenas o ontem ruminado
na negação...
Nada...
Apenas os dias de mim já mortos
na queda delirante...
Nada...
Apenas a chuva aberta
nas águas estagnadas...
Nada...
Apenas o amargo e neutro
do meu pulsar...
Nada...
Apenas esta loucura latente,
nesta vontade de não ser...

Na tua indiferença...








Morrer nas palavras
o som desesperado da mente,
procurar nos lugares mais desertos
a humidade seca dos teus lábios
intolerantes e anacrónicamente lascivos
na pretensão da indiferença,
imponentes, hirtos e esmagadoramente mortíferos
no acto de sorver a vida e o prazer que a inunda...

Lábios ondulantes na lúxuria estridente,
selando os contornos de um amanhã disforme,
quase inerte, ainda que bífido e venenoso...
Sinto a desventura lenta da saliva corrosiva,
sulcando hemorrágicamente a alma,
num beijo ferindo um desejo por cumprir...

Cerro os dentes, silencio a mente,
desligo o olhar, quebrando o encanto
num gesto de presa...

Procuro nas tuas mãos um sinal,
um movimento de cúmplicidade...
Alguma coisa que permaneça
na memória da memória sem nome...

Manuscrito...












Lembro-me do tempo em que se escreviam cartas,
do tempo em que se aguardava ansiosamente a vinda do carteiro...
Pegava na carta, olháva o remetente e conseguia sentir
uma presença, um gesto, um, sorriso ou uma lágrima...

A cor e o cheiro revelavam lugares, paisagens, sentimentos,
o envelope amarrotado, talvez um pouco encardido,
revelava a sua história...

Cuidadosamente, para não rasgar a carta,
abria o envelope, retirava a missiva e iniciava
a longa viagem...

Cada letra, frase ou rasura denunciava
as etapas do pensamento...

No final, buscava algo mais, uma nota de rodapé,
um vestígio de alguma coisa que desejavas ter dito
e não o disseste...

Naquela noite e nas seguintes, 
a tua carta era todo o meu património,
um testemunho da minha e da tua existência...

Na manhã seguinte, pegava na caneta,
olhava o papel como se lhe imprimisse um desejo,
desenhava os meus sentimentos,
talvez desejos, talvez receios e mágoas profundas...

Num gesto único, dobrava a carta,
colocava-a dentro de um envelope personalizado,
meticulosamente colado, escolhia um selo,
olhava o relógio e corria para o marco do correio...
Olhava em meu redor, certificando-me se alguém me olhava,
colocava a carta na abertura do marco,
tendo o cuidado de escutar o som da  sua queda...

Lembro-me, como era possível manuscrever uma lágrima...



Barão de Campos






O último post...






Cansado de procurar nas palavras
o elo perdido,
fixou o olhar vítreo no blogue,
releu cada palavra,
perscrutou cada pensamento,
prosseguiu na indiferença...

Do fundo da alma, 
sabia que este seria o seu último post,
como quem adivinha uma partida,
numa despedida, contida gota...
Suspendeu a respiração,
reviveu memórias sem título,
locais irreais, sonhos desfocados...
procurou resistir mais uma palavra,
uma frase, uma lágrima que fosse...

Entardecia, a mente nublava-se,
faltava apenas quebrar a última fronteira,
reconhecer a inutilidade das palavras...
Partir sem destino,
entrar dentro delas
e sentir-lhes o vazio...



Quando a memória partir...








Não sei quanto tempo nos resta,
quantos dias terei para te olhar,
beijar, tocar ou apenas sentir a tua presença...
Não sei durante quanto tempo
vamos adormecer de mãos dadas...
Não sei... cada dia parece mais breve...
Sabes, do fundo das nossas lágrimas,
ambos sabemos que um dia sonhámos
muitos dos sonhos vividos...
Sabes, sempre vi no verde dos teus olhos,
a eternidade que o teu corpo te nega,
sempre vi no teu sorriso o medo da dôr que suportas...
Hoje, adormeço no cansaço das lágrimas
que não poderemos chorar juntos...
Não sei como poderei chorar-te
sem te ter junto a mim...
Sabes, quando penso nisso,
continuo a acreditar que ficas
depois de partir...
Queria pronunciar o teu nome,
para que ninguém te confunda,
assinar e reconhecer o nosso amor,
para que ninguém se faça passar por ti...
Queria ter a certeza que depois de Nós,
a memória não partísse nunca...
Queria acreditar que ao pensar-te,
algures, escutarias o meu apelo.. 
Durante todos estes anos o nosso amor foi único,
ameaçado, perigoso, eterno e breve...
Profundo, puro e belo como o nosso filho...
Um Milagre!


Dentro do Medo










Agarro as palavras, arrasto-lhes o sentido,

pronuncio-as prudentemente,

silencio-lhes a aspereza e o mêdo,

pego-lhes de rompante,

como quem apanha uma serpente...

Viscosas, enrolam-se, estrangulam-me,

numa roda que gira entrecurtada

por silêncios que ruminam

sem propósito ou destino...

Rumo em direcção aos lugares

famintos de dôr e amor,

carentes de vida e de sonho...

Debruço-me donde vislumbrava

horizontes e marés...

Estemeço na vertigem,

irmã do abandono...

Olho-te no caminho da memória,

revejo a tua expressão,

sem vida...

Assusto-me nas palavras que não digo,

como quem ama em segredo...

Adormeço na tarde ainda quente

da tua presença colorida...

Adivinho a manhã que se recusa a nascer,

olhando a madrugada morta...

Abraço o vazio, num gesto sem nexo,

amarro memórias,

imagens, lugares, paisagens...

Recolho o último vestígio,

como quem emoldura

a sua própria imagem...

Ondulo o espanto no desencanto

do canto...

Navego na espuma dos dias

em busca de um navio fantasma...



Barão de Campos

Palavras Mortas...


















Procuro nas palavras o pulsar do coração,

o sentir pleno e livre da alma...

Procuro nas palavras uma voz, um pensamento

que as pronuncie,pense ou declame...

Alguém que lhes dê a vida...


Escritas, as palavras partem,

partem em busca de ti...

Abandonadas, navegam,

aguardando a tua chegada...


Amor, paixão,encanto,memória,

saudade, abraço ou beijo...




A armadilha do tempo...












Hoje, acordei fora de tempo,

olhei-te olhos nos olhos e senti algo estranho,

a tua tonalidade rosada havia desaparecido,

o brilho verde dos teus olhos,

já não continha a promessa de eternidade...


Assustado, ergui-me num golpe de desespero,

olhei-me no espelho e não me reconheci...

Vi a tonalidade grisalha, quase branco absoluto,

chorei em soluço mascarado,

procurei mil razões para sentir esperança,

procurei no calor dos teus lábios

as respostas que não queria ter...


Entardeci, sem que a materialidade dos objectos,

fosse capaz de distrair-me deste sentir lúcido

e absolutamente real...


Senti a consciência afiada,

um sentir profundamente triste...

Apoderou-se de mim a certeza,

abrupta e cruel da morte...




Inexplicável...












Os mesmos lugares, a coincidência da sobreposição

dos nossos rastos...

Talvez as mesmas palavras,

os mesmos gestos...

Como se fosse possível duplicar factos,

gestos, palavras, lágrimas ou passos...


Estranhamente, alguém como nós,

ou a sombra dos nossos pensamentos,

continua a divagar pelos mesmos lugares,

como se tivessemos continuado

depois de ter partido...


Vozes, sons inominados, paisagens,

lugares, espaços e tempos,

movimentos e luminosidade,

abraços e beijos...


Algures, há um espaço tempo continuado,

onde o inexplicável habita,

ressuscitando vidas paralelas...


Algures, algo aconteceu na memória

do tempo, na fúria do mar,

confundiu mar e amar,

vento e lamento,

fim e princípio...


Algures, estamos vivos...

Madrugadas sem nome...












Podia apenas tratar-te por madrugada,

esquecer o teu verdadeiro nome,

deixar partir o sabor dos teus lábios,

perder o teu rosto, lentamente no horizonte...


Podia, apenas lembrar-me do teu anonimato,

dos teus olhos sem ontem nem amanhã,

dos gestos saturados e repetidos...


Podia, nesta crueldade faminta

de devorar as memórias,

inventar-te um nome, uma morada,

talvez uma vida...


Podia, consumir-me na imensidão dos sentidos,

fazer dos meus olhos o teu olhar,

dos meus lábios o teu beijar...


Podia tentar tudo num último momento,

inventar-te um coração e uma alma

para poderes amar...


Podia abraçar-te e acreditar que sentias,

podia gritar o teu nome na direcção da multidão,

podia procurar-te em todos os lugares,

podia lembrar-te numa última visão,

pensar-te apenas e soltar um som,

talvez um nome,

Madrugada...

Morrer em cada palavra...










Palavra após palavra, gestos após gestos,

gasto horizontes em futuros já passados,

como se o tempo fosse uma folha espezinhada,

lida e relida, escrita e apagada vezes incontáveis..

Olho-me sem me ver e constato a evidência

desta forma incompreenssível de sustentar a ausência...

Procura alguma sombra, um vulto, um aceno,

ou apenas uma ilusão capaz de me adiar um pouco mais...

Receio que este seja o meu último pântano,

relembrando oceanos infinitos onde naufragar...

Palavras Mágicas...












Nascem e vivem dentro de nós,

escondidas em florestas de silêncio,

permanecendo assim, presas no corpo e na alma...

Palavras que não tivemos a coragem de pronunciar

no tempo e no espaço próprio...

Palavras ditas, palavras silenciadas,

a diferença abismal entre o som e o silêncio...

Palavras cansadas de não acontecerem nunca,

palavras agitando-se num grito inaudível...

Palavras que o tempo calou,

palavras que podiam ter rasgado horizontes,

palavras feridas que se debatem no esboço de um som...

Palavras que um dia talvez tenhas sonhado escutar,

palavras que não ousamos pronunciar...

Palavras... apenas palavras...


Em algum lugar...






A Madrugada envelhecia no teu olhar,
enquanto a brisa te acariciava os cabelos...
Naquele tempo ilusionista da eternidade,
pousavas o rosto no meu peito,
num gesto que tinha o valor das promessas...

Olhavas-me nos olhos e acreditavas num amanhã,
feito de alguma coisa que nos pertencesse...
Abraçavas-me e o teu silêncio encerrava a resposta...

Abraçavas a ausência, como se fosse possível,
calar o seu grito, o seu lamento, a sua morte...

Tinta Invisível














Queria ser capaz de pintar no horizonte o vermelho dos teus lábios combinado com a esperança verde cálida dos teus olhos...



Queria ter a coragem de somar madrugadas sem subtrair os dias...



Queria caminhar sem ter a consciência dos meus passos...



Queria acontecer nas palavras e nas coisas, queria agarrar a tarde no seu equinócio...



Queria desenhar uma órbita onde o nosso percurso se confundisse com a eternidade...



Queria estar presente depois de partir e poder falar da minha inexistência...



Queria inventar uma possibilidade de contrair num conceito a possibilidade de oferecer uma chance ao impossível, negando-o no absoluto da sua essência...

Cântico Final












Contemplo o Agora numa agonia confusa e continuada... Sinto e pressinto o silêncio do vazio galopando na minha direcção... Sei que as palavras e os apelos são vagos e imprecisos...



Olho-te dentro dos olhos e sinto-te no teu cansaço e dôr, adivinho na tua presença os sinais que não quero ver...



Não sei se o amanhã é amanhã ou depois de amanhã, mas sinto-o numa brevidade cortante...



Procuro nas estrelas o brilho de um sonho que nos permita sobreviver, como se um beijo e um abraço forte fossem a força que ainda nos resta...

...Dentro dos teus olhos...










Quando te olho bem dentro do olhar, sinto-te no teu mais profundo chorar...



Olho-te e vislumbro as sombras do teu mundo tão próximo e distante...



Amanheces em mim as Primaveras que o Tempo deixou de pintar,



repousas dentro de mim a dimensão que os Sonhos inventam para calar o medo...



Sei que a manhã tem a luz que o vento pode apagar, como se a vida fosse a chama breve de uma vela...



Dentro dos teus olhos navego nas suas lágrimas, como um naufrago em busca da sua ilha...

Acreditar...










Procuro ler no tempo os segredos que nos darão todas as respostas, procuro uma pista, uma sombra, um rascunho, onde possa reconhecer o nosso amanhã...


Quero ter a certeza que ficarás a meu lado enquanto conseguir lembrar-me de Nós...


Preciso de acreditar no nosso Milagre... Preciso de ti...

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